sábado, 17 de setembro de 2011

Desafio dos camelos

O PROBLEMA DOS CAMELOS

PARTE I
       
 Beramis Samir viajava por uma estrada deserta do Oriente quando encontrou três homens em acalorada discussão. Querendo saber o motivo de tamanha disputa, Beramis escutou o relato do mais velho dos três homens                 _Somos irmãos e recebemos 35 camelos como herança de nosso pai. Segundo o testamento, o mais velho dos filhos deve receber a metade dos camelos, o filho do meio recebe a terça-parte e o mais novo, a nona parte.

         *Como a herança era de 35 camelos, os herdeiros não conseguiam dividi-la nem pela metade. POR QUÊ?
----------------------------------------------------------------------------------------------------------

PARTE II
      
       Enquanto escutava a história, Beramis Samir rabiscava a areia com um pedacinho de madeira, fazendo os cálculos segundo o testamento.
        Beramis Samir, também conhecido como “o homem que calculava”, ofereceu juntar seu camelo aos 35 que os irmãos possuíam, com uma condição.
         _Qual a condição? – perguntaram ao mesmo tempo os irmãos, demonstrando espanto pela oferta.
         “O homem que calculava” combinou que, se cada um dos filhos recebesse a parte que lhe cabia e, se ainda assim sobrasse alguma animal, ele ficaria com a sobra.
         Os homens aceitaram a proposta.

(Você agora, irá pensar como Beramis. Faça os cálculos e descubra quantos camelos coube ao filho mais velho, ao filho do meio e ao filho mais novo.Mas, e o nosso amigo Beramis?)


FONTE: O homem que calculava, de Malba Tahan, Coleção Saraiva – adaptado.
Sugestões para leitura:Os Melhores Contos- Autor: Malba Tahan
(Encontra-se na biblioteca desta escola vários livros deste autor.)

  

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Atividade lúdica





ATIVIDADE LÚDICA



Quando estava navegando pelo site www.educarparacrescer encontrei um jogo de ortografia “Como se escreve”que me encantou e me prendeu bastante a atenção, pois fiquei jogando muito tempo.
       

Como a já sabemos que se aprende-se a escrever escrevendo, poderíamos usar esta atividade enriquecedora e prazerosa para os alunos fixarem a escrita de palavras que causam dúvidas rotineiras. Isto poderá ser feito após estudo contextualizado de algumas delas.
       

As crianças se sentirão motivadas e interessadas em prestar atenção na realização da atividade.



Netiqueta

UNIDADE 4
Netiqueta é o conjunto de boas maneiras e normas gerais de bom senso que proporcionam o uso da internet de forma mais amigável, eficiente e agradável. É importante ressaltar que em alguns casos, o descumprimento dessas regras pode significar a perda de grandes oportunidades. 
Vejamos as principais regras de etiqueta na internet: 

- Maiúsculas: Nunca se deve escrever nada usando apenas as letras maiúsculas, isso significa que a pessoa está gritando. Além do mais, ler um texto assim é extremamente cansativo. 

- Mensagens chatas: Evite enviar mensagens de propagandas não-solicitadas, “correntes” e outras mensagens do tipo. Isto é muito desagradável. 

- Emoticons: O emoticon é legal quando usado da forma correta: demonstrar sentimentos. Os emoticons não devem ser utilizados como elementos do próprio texto, visto que em alguns casos não é possível identificar o que a pessoa quer dizer com aquilo. 

- Fugir do assunto: Ao usar um comunicador instantâneo, nunca fuja do assunto. Mesmo que aquilo não lhe interessa ou é desagradável, diga algo, mesmo que finalizando o assunto, para mostrar que você leu a mensagem. 

- Tópicos Chamativos: Nunca crie tópicos em fóruns com títulos muito chamativos e escandalosos, procure relacionar bem o título com a mensagem em questão. 

- Ofensas: Na internet, principalmente em sites de relacionamento, não é difícil encontrar discussões negativas e ofensas. Se alguém for ofendido, não se deve revidar e criar uma “guerra on-line”, visto que isso dificilmente acabará. O melhor caminho é ignorar.
Por Tiago Dantas

O USO DAS TECNOLOGIAS NO MEU DIA-A-DIA

                                                                              Atividade 1

O USO DAS TECNOLOGIAS NO MEU DIA-A-DIA

                “Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...”(Raul Seixas)
                Na minha prática pedagógica procuro estar sempre mudando de acordo com as inovações que considero relevantes no processo de ensino aprendizagem de meus alunos e na minha vida pessoal. Aqui, procurarei me ater somente a minha vida profissional.
                Frequentemente, faço uso das TICs quando uso o rádio, a TV, o DVD, material impresso e o computador como recurso na preparação e apresentação de minhas aulas, pois elas estão, de um modo geral, associadas à mudança e todas as crianças têm, de alguma forma, acesso a elas.
                De modo particular, a informática habita e dá oportunidade a mim e aos educandos na aquisição de novos conhecimentos, tornando-se um complemento que visa o desenvolvimento integral dos alunos.
                Assim sendo, uso o computador para planejar as minhas aulas no editor de textos e no Power point. Para ampliar os conhecimentos, os conteúdos dos livros didáticos e a estrutura de meu  trabalho antes de serem apresentados em sala, uso a internet como fonte de pesquisa.
                Espero que esse curso abra mais algumas portas e janelas na minha vida para eu poder crescer pessoalmente e profissionalmente para no caminhar da minha metamorfose eu possa me transformar uma linda borboleta sem limites para voar.
Luciana Santos

                                                               Atividade 2
Pontos mais significativos do texto “Novas tecnologias de informação e comunicação”
*Conceito de NTICs no contexto histórico de uma breve linha do tempo.
*Exemplos de NTICs.
*Ligação das NTICs com a interatividade, pois quem faz parte da rede de conexão operacionalizadas fazem parte do envio e do recebimento das informações
                “Ando devagar, porque já tive pressa, levo esse sorriso porque já chorei demais.”
                Devagar se vai ao longe, antes o sistema não oferecia aos professores oportunidades de inovação na área de informática e isso vem mudando bem rapidamente. Hoje, com as exigências do governo que vem aplicando avaliações que envolvem a utilização das TICs no di-a-a-dia das aulas, muitos professores estão correndo atrás para se modernizarem até mesmo porque estão inseridos no mesmo contexto de seus alunos os quis estão cada vez mais atualizados.
                Há, com certeza, despreparo de alguns professores que não querem abandonar o velho por insegurança ou por falta de oportunidade de inovação. Esse fato se deve à falta de oportunidade e de oferecimento de cursos ligados a esses meios que nos conduzirão aos fins.
                Como foi relatado no texto acima, o Proinfo veio trazer uma esperança de atualização na informatização.









                                               

Atividade à distância 2


Atividade à distância 2

“Fórum de discussão é uma ferramenta para páginas de Internet destinada a promover debates através de mensagens publicadas abordando uma mesma questão.[1] Também é chamado de "comunidade" ou "board".” (wikipedia.org/wiki) 
Fórum de discussão na internet pode ser definido como um Site que tem por finalidade receber comentários, sugestões ou perguntas sobre um determinado assunto e deixá-las disponíveis para que outras pessoas possam respondê-las ou consultá-las. 






A afetividade na relação pedagógica

                          A afetividade na relação pedagógica
Segundo José Manuel Moran, é importante manter a disciplina na sala de aula sem perder a afetividade, a liberdade e o controle. Para se alcançar isso torna-se necessária a construção de regras organizacionais coletivas.
É importante valorizar as potencialidades e diminuir as limitações e o caminho para isso é mostrar atitudes de compreensão, deixando de ser intolerante.
A prática da inclusão deve ser trazida para a sala de aula e o tabu de que apenas os deficientes mentais são excluídos deve ser quebrado, pois existem várias formas de excluir alunos.
Para haver equilíbrio é importante que haja sintonia na comunicação e na relação com os alunos. O professor que controla suas emoções, transmite equilíbrio e falam em tom calmo e não humilha os educandos por causa de descontrole emocional.
Moran tem razão em tudo que diz, mas esquece que os professores são seres humanos e não robôs que controlam suas emoções o tempo todo. Ele também tem alunos que não são máquinas que permitem uma relação estável o tempo todo.


                                  A afetividade na relação pedagógica

Romeu e Julieta

                                   ROMEU E JULIETA 
                                                                                       Luciana das Mercês Santos
            Romeu e Julieta é uma obra de William Shakespeare que conta a história de um amor impossível por se tratar de pessoas cujas famílias não combinavam. Esta é uma triste história de amor.

NARRADOR: Na antiga cidade de Verona, lorde Capuleto, pai de Julieta, planeja uma festa. Romeu vai às escondidas, pois é filho do inimigo.

ROMEU: Mercúcio, primo querido,
                 Observo com olho comprido
                   A dama de lindo vestido
                   Que lhe dá colorido

MERCÚCIO: Vejo que está apaixonado.
                           Seu amor será declarado?

ROMEU: Irei com ela dançar
                  Sentir seu corpo me abraçar
                E nunca me deixar.
(Romeu aproxima-se de Julieta)
              
ROMEU: Linda dama,
                 Vejo que sozinha está.
                   Deseja me amar?

JULIETA: O que mais quero.
                    Te amar espero.

NARRADOR: Tebaldo, primo de Julieta,aproxima-se querendo brigar com Romeu, pois achou um insulto um inimigo entrar em sua casa. O pai de Julieta intervém.

TEBALDO: Tio amado,
                     Não posso ficar calado
                     Diante de Romeu, um safado.

PAI DE JULIETA: Não brigue em minha casa,
                                    Violência aqui só atrasa

NARRADOR: Romeu vendo que Tebaldo o observava sai do baile. Julieta fica triste e vai para a janela de seu quarto. Lamenta sozinha até que chega Romeu.

JULIETA: Ó Romeu, Romeu
                   Onde estás amor meu?
                   Preciso tanto de um beijo seu.

ROMEU: Julieta, te ouço agora
                 Sem ti não vou embora
                 Apareça, minha senhora.
(Romeu e Julieta se beijam)

NARRADOR: Naquela noite, resolveram se casar em segredo, para evitar a separação. Romeu combinou com frei Lourenço que realizava o casamento pela manhã.

Frei: Julieta,agora está casada
        Romeu, aqui está sua amada
            Que de agora em diante
            As brigas das famílias acabem em um instante.

AMA: Agora precisamos voltar
            Seus pais não devem desconfiar
            Senão, seu amor  ele vai odiar.

NARRADOR: Despedem-se, pois ninguém sabe do acontecido. No caminho, Romeu encontra-se com Mercúcio, seu primo. Tebaldo, primo de Julieta, surpriende-os.

TEBALDO:Romeu, você não presta
                    Não devia ter ido à festa
                    Agora sua vida não vale nada
                    Desembainhe a espada.

MERCÚCIO: Afaste-se, meu primo
                        Defenderei quem estimo
                        Tebaldo, seu cachorro
                        Ou te mato ou morro
(Mercúcio cai morto. Romeu chora e revida a morte do primo.)

ROMEU: Tebaldo, fui um covarde
                 Meu peito agora arde
                 Vou te matar
                 E assim me vingar.
(Os dois brigam, Romeu mata tebaldo e foge.)

FREI: Fuja, Romeu
            Seu primo morreu
            Levarei-os comigo
            Para algum abrigo

NARRADOR: Romeu tenta fugir, mas o príncipe o expulsa de Verona. A ama vai dar notícias a Julieta.


AMA:Mercúcio foi assassinado
          Romeu sentiu-se vingado
          Matando seu primo Tebaldo
          Longe de Verona está seu amado.
(Julieta chora)

NARRADOR: Dias depois o pai de Julieta quer casa-la com um conde. Ela se desespera e procura o frei que a ajuda.

JULIETA: Ajude-me frei
                  Não sei o que farei
                  Meu pai quer me casar
                  Com Romeu quero ficar.

FREI:  Esse remédio deve tomar
            Nem uma gota deverá ficar
            Como morta vai esperar
            Seu grande amor voltar.

JULIETA: Sinto medo
              Esse será meu segredo
              Encontrarei meu amado
              Deitado ao meu lado.

NARRADOR: a ama a encontra morta. As flores que eram para seu casamento serviam agora para seu velório. Frei Lourenço tinha escrito para Romeu explicando tudo, mas ele não recebeu a carta. Em seu lugar, o aviso da morte da esposa. Sem pensar,vai a tumba. Antes, encontra com um boticário que lhe vende um veneno fortíssimo.

ROMEU: Ó minha amada!
                Não disse nada!
                Por que me abandonou?
                Minha vida agora acabou.

                Um brinde ao meu amor
                Que sempre teve o meu valor
                Parto agora
                Com ti minha senhora!
(Romeu bebe o veneno e cai morto. Julieta acorda. Chega o frei)

JULIETA: Sei onde deveria estar
                 Aqui estou
                 Onde está o meu amor?

Frei:  A carta não recebeu
          O veneno bebeu
          Foi-se o esposo
          Bastante choroso.

JULIETA:  Ó meu amor,
                   Não deixaste nem um  pouco para mim?
                   Agora será o fim
                   Com seu punhal,
                   Minha vida tem triste final.

PAI DE JULIETA: Verona triste e acabada
                                 Meu inimigo não será mais odiado
                                 O sol hoje não aparecerá
                                 Romeu e Julieta o esconderá.

Tia nota 10

Peça teatral: TIA NOTA 10

Baseada no livro de Ziraldo “Tia Nota 10”

Cenário: sala de aula
Atores: Professora, Tia, Maluquinho, criança 1, criança 2, criança 3, criança 4, criança 5, criança 6.

PROFESSORA: Bom dia, crianças! Sejam bem-vindas.

CRIANÇA 1: Bom dia, Tia.

CRIANÇA 2: Não chama ela de tia. Lembra do ano passado o que aconteceu com o Maluquinho?

PROFESSORA: Mas eu gosto que me chamem de tia, acho tão carinhoso... Eu não gosto mesmo é de desobediência, bagunça fora de hora e que falem junto comigo. Tenho muita coisa legal para ensinar para vocês.

(A professora do ano passado bate à porta.)

TIA: Bom dia, professora. Esta turma foi minha o ano passado. São crianças lindas e educadas.

MALUQUINHO: Bom dia, Tia.

TIA: Oi, meu amor. Tudo bem?

CRIANÇA 2: Tia, já ia começar a contar o que aconteceu com Maluquinho ano passado por ter te chamado de “tia”.

TIA: É, mas aprendi muito com ele. Mas vamos contar esta história juntos?

TODOS: Vamos.

MALUQUINHO: Primeiro dia chamei a tia de tia e a tia desatinou:

TIA: Sou professora e não gosto que me chamem de tia.

CRIANÇA 3: Maluquinho foi logo se desculpando, mas queria saber porque não podia chamar a tia de tia.

TIA: Não pode porque eu não quero

MALUQUINHO: Ta, tia. E a tia me deu zero.

CRIANÇA 4: Maluquinho decidiu andar direitinho, lá no fundo, não falava nem alô. Mas pediu para ir lá fora.

TIA: Eu logo deixei. Vai que o menino faz xixi ou coco na calça.

CRIANÇA 5: E quando eu tava saindo para o banheiro, não agüentou.

MALUQUINHO: Dei um pum. Tia ia me dar zero.

TIA: Fiquei com pena, dei um.

CRIANÇA 6: Maluquinho continuou na escola chamando a tia de tia e certo, continuaria. Se a tia não desse tantos deveres de casa “para, um dia ser alguém”.

CRIANÇA 1: Olha, eu contei mais de cem.

MALUQUINHO: Como dez é nota máxima e eu só fiz 20%. Aprendi isto depois, a tia me deu dois.

TIA: Quando foi o mês seguinte eu achei que ele tava com a mente sã, pois me dizia “Bom dia!” sorrindo toda manhã.

CRIANÇA 2: Mas Maluquinho não resistiu a rima que tem o dia. Ele falu sete vezes. Sete vezes em um mês.

MALUQUINHO: De dez se tirando sete... a minha nota foi três.

CRIANÇA 3: Aí. Ele foi calado, pro teatrinho da escola, pra fazer o Dom Ratão no dia do casório. Mas acho que agradou só metade do auditório.

MALUQUINHO: Se agradei à metade do teatro merecia nota 5, mas me distraí com a tia na entrada do teatro. E ela me deu um quatro.

CRIANÇA 4: Maluquinho se decidi fazer direitinho tudo que a professora mandava. Caprichou tanto na relação com ela que se esqueceu de estudar.

MALUQUINHO: Mas minha linda professora não entendeu meu afinco: cortou minha vota no meio. E aí, me deu um cinco.

TIA: Maluquinho resolveu ser caprichoso para ver se eu me comovia.

MALUQUINHO: E aí, tirei um nove. Tia, obrigado!

TIA: Olhe tudo com cuidado: está de cabeça para baixo a sua prova do mês.

MALUQUINHO: Foi então que descobri que eu tinha tirado um seis.

CRIANÇA 5: Desta vez, aconteceu exatamente o contrário de quando ele tirou três. Daquela vez, em um mês, ele chamou  sete vezes a professora de tia. Desta vez, chamou três.

CRIANÇA 6: Mas é até pra melhor que a história se repetiu.

MALUQUINHO: Da outra vez ganhei três, desta vez ganhei um sete.

CRIANÇA 1: Oito é o infinito, tem tudo a ver com a noite e com o infinito.

CRIANÇA 2: Mas vá ser misterioso assim lá na Conchinchina, pois, agora imagina que neste mês que passou fez tudo para tirar dez.

MALUQUINHO: Mas, não sei... por um mistério que por certo não me foi todo explicado, eu tirei um oito.

CRIANÇA 3: O ano estava terminando,  eu vi o seu  esforço que o Maluquinho teve para seguir os meus passos.

MALUQUINHO: Para garantir o que eu queria, cheguei a chamar a tia de “mon amour” e “my love”. Me garanti: Vai ser dez! Mas ela só me deu um nove.

CRIANÇA 4: Ao chegar o fim do ano, aí é que ele brilhou. Fez pesquisas magníficas, nenhum problema ele errou.

CRIANÇA 5: Leu três livros de uma só vez e tirou nota máxima em Ciência e Português.

MALUQUINHO: Acho até que fui perfeito da cabeça aos pés. Fiz tudo direitinho que a tia me deu um dez.

TIA: Isto aconteceu porque você se esforçou e deu o melhor de si.

CRIANÇA 6: Foi aí que entendemos que o carinho e o esforço é o melhor caminho.

CRIANÇA 3: Se a tia não tivesse agido assim, o Maluquinho teria lhe enlouquecido e lhe dado um fim.

CRIANÇA 4: Lembra da piada que ele contou antes de chamar a tia de tia? Fala aí Maluquinho.

MALUQUINHO: Não me mete em encrenca. Quero começar este ano direitinho e mostrar que pela tia tenho imenso carinho. Da licença, tia. Tem um coco na sua cadeira.


PROFESSORA: Já fez sua primeira gracinha, né? Ta perdoado, mas que isto não se repita.

TIA: Quero dizer a você, professora, que estas crianças me fizeram muito feliz ano passado e vão te deixar sempre alerta este ano. Cuide bem deles. Beijo, meus amores.

CRIANÇA 7: Agora que a Tia foi embora, também quero contar uma passagem do Maluquinho.
Maluquinho chegou atrasado mais uma vez para a aula. A professora reclamou:
Maluquinho, você chegou tarde de novo!
Mas a senhora mesma diz que não tem problema, professora.
Como? Eu nunca disse isso.
Disse, sim senhora. A senhora diz sempre que nunca é tarde para aprender.
CRIANÇA 8: Eu também quero falar. Sabe que um dia o Maluquinho foi almoçar no restaurante com seus pais e de repente soltou uma das suas: Garçom, tem uma mosca na minha sopa!
Ele foi logo respondendo.
 Não tem problema. Pode secar a coitadinha no pão.
PROFESSORA: Crianças, vamos começar o ano com o pé direito para todos passarem de ano.

MALUQUINHO: Tia, pode te chamar de tia?

PROFESSORA: Claro, Maluquinho. Meu nome é Luciana, mas você pode me chamar de tia, tia Luciana, tia Lu...




O julgamento final

Este texto também foi publicado na Revista Amae Educando

Teatro: Julgamento Final
Autora: Luciana das Mercês Santos

PERSONAGENS
Juiz-
Júri: palhaços
Réu- Homem
Promotora-
Defesa-
Testemunhas- Rio, Ar, Solo, Amor, Criança.
                    Todos de pé
Juiz- Está aberto o julgamento do Homem que está sendo acusado de agente ativo           na destruição do mundo.
Que entre o réu!
Nome
Réu-Homem de Todos os Tempos
Juiz-Idade
Réu-2006 anos
Juiz-Endereço
Réu- O mundo inteiro
Juiz-Você jura dizer a verdade, nada mais que a verdade, além da verdade?
Réu-Sim, meritíssimo.
Júri-Rá, rá, rá, rá, ...
Promotoria-É certo que você agiu muito mal, destruiu a terra e agora não há como            viver no planeta.
Juiz-Que entre a primeira testemunha.
Promotoria- A promotora chama para depor o Rio.
                 Rio, o que aconteceu com você que quase não existe mais?
Rio-Fui poluído e temo morrer logo.
Promotoria-Quem é culpado por tudo isso?
Rio-O Homem não soube me usar. Não via o quanto eu chorava ao sentir minhas  águas sendo poluídas.
Promotoria- O que era jogado em suas águas?
Rio-Garrafas Pet, lixo das fábricas, esgoto das casas. Ficaria o dia todo enumerando se fosse dizer tudo.
Promotoria- Como puderam ouvir, o Homem não pensou, destruiu o rio que é fonte de água potável.
               Sem ser a poluição, mais alguma coisa contribuiu para sua destruição?
Rio-Minhas nascentes ficaram desprotegidas por causa do corte das árvores nativas e acabaram secando. Como doeu! Homem assassino, pague pelo que fez!
Júri- Tá perdido, tá perdido, ta perdido. Rá, rá, rá...
Promotoria- Nem mais uma pergunta, meritíssimo.
Juiz-A defesa tem alguma pergunta para o Rio?
Defesa-Sim, meritíssimo.
               Durante todo seu tempo de vida, o Homem não te trouxe nenhuma alegria?
Rio- Tive momentos felizes desde meu nascimento. As minhas águas servindo para irrigação de plantações imensas, crianças nadando e brincando às minhas margens, pessoas e animais saciando a sede com minha água.
Júri- Alegria, alegria, alegria. Rá,rá,rá...
Defesa-O homem conseguiria sobreviver sem você?
Rio-Não, porque ficaria sem alimento das lavouras e morreria de sede.
               O Homem tentou cuidar da minha água através de uma estação de tratamento de esgoto, mas não conseguiu me salvar porque nem todos entendiam isso.
Defesa-Você acha justo a humanidade ser condenada por causa de alguns?
Rio-Sim, porque não são alguns, são muitos.
Júri-Sem piedade, sem piedade, sem piedade...
Defesa-Nem mais uma pergunta, meritíssimo.
Juiz-Que a promotoria chame a próxima testemunha para depor.
Promotoria- A promotoria chama o Ar.
               O Homem te prejudicou de alguma forma?
Ar-Os monstros de concreto que soltam fumaça pelas ventas me sufocam e com isso aumenta a quantidade de gás carbônico que intoxica. Os carros cospem fumaça dos carburadores. Os lixões soltam gases fortíssimos e muito mais.
Promotoria- O que o homem tem a ver com tudo isso?
Ar-Ele é quem criou as indústrias, os carros, os lixões. Vou morrer graças a você, Homem.
Júri-Assassino, assassino, assassino...
Promotoria-A poluição é prejudicial à saúde. Que males ela vem causando ao próprio Homem?
Ar-As crianças são as mais prejudicadas com problemas respiratórios como bronquite e asma. O homem não quer que a humanidade seja salva, pois vem comprometendo a vida dos seus descendentes.
Promotoria-Sem mais perguntas.
Juiz-A testemunha responde as perguntas da defesa.
Defesa-Ar, você que está em todos os lugares, já viu muitas crianças nascerem?
Ar-Sim. Todas as crianças do mundo e é por isso que sinto tanto vê-las sofrer.
Defesa- Então você sabe que se não fossem os carros para levar as mães até aos hospitais, muitas crianças nem chegariam a nascer.
Promotoria- Protesto, protesto, meritíssimo.
Juiz- Protesto negado.
Júri-Bem feito, bem feito, bem feito...
Ar- Não tinha pensado nisso.
Defesa- Sem as indústrias o homem não teria os recursos para sua subsistência, remédios para curar as enfermidades, alimentos de primeira linha, roupas sofisticadas, brinquedos, eletrodomésticos e outros utensílios para o conforto dele.
Júri- Oba, oba, oba, oba.
Juiz-Ordem no tribunal.
Promotoria- Protesto, meritíssimo.
Juiz- Protesto aceito. Que seja mais claro em suas colocações, advogado de defesa.
Advogado de defesa- Seria possível fazer tudo isso, sem a poluição?
Ar- Sim, se o Homem tivesse cuidado das árvores que me purificam. Antigamente não tinha tanto conforto, mas as doenças eram poucas, Hoje em dia nem as estrelas são vistas direito. Sou cinza, sou tristeza. Chega de sofrimento, quero justiça.
Júri-Justiça, justiça, justiça, justiça,...
Juiz-Que entre o solo para ser interrogado.
Promotoria- Solo, peço a sua ajuda para refrescar a memória do Homem que esqueceu as maldades que fez com a natureza.
Solo- O homem me destruiu por causa dos lixões que depositava sobre mim, cujas toxinas penetravam na terra tornando-a poluída e sem fertilidade.
Júri- Homem mau, Homem mau, Homem mau...
Solo- Com o crescimento da população, o Homem teve de aumentar a produção de alimentos. Para isso usou agrotóxicos para acabar com as pragas. Eu fui ficando fraco porque as pragas se tornaram mais resistentes e os agrotóxicos mais fortes.
Promotoria- Com a contaminação do solo, é bom lembrar que os lençóis freáticos também ficam ameaçados.
Defesa- Protesto, meritíssimo.
Juiz- Por um acaso é mentira a colocação da promotoria?
Defesa- O rio já depôs, a água não pode ser citada novamente.
Juiz- Protesto negado.
Júri- Rá, rá, rá....
Promotoria- Sem mais perguntas.
Juiz- Que a defesa faça suas perguntas ao solo.
Defesa- Se o Homem não tivesse te contaminado, teria como se sustentar?
Solo- Claro que sim. Foi sua ganância que me levou à destruição, pois no início na havia agrotóxicos e nem pragas tão resistentes.
Defesa- Te usando, o Homem matou a fome de todos. Se não o tivesse feito, teria morrido. Tem de se sentir orgulhoso por ter oferecido vitaminas, proteínas e moradia a todos.
Júri- Isto mesmo, isto mesmo, isto mesmo...
Solo- Bom lembrar das moradias, pois me vestiu com roupa cinza que o Homem chama de asfalto. Ali embaixo não tem nenhuma vida. Você, Homem, sempre quis me destruir.
Defesa- Sem mais perguntas.
Juiz- Homem, aproxime-se. Você se julga inocente ou culpado?
Homem- Inocente.
Júri- Culpado, culpado, culpado...
Homem- Não posso negar, meu coração se enche de culpa.
Defesa- Mantenha a calma, Homem. Nossas testemunhas o ajudarão.
Homem- Que testemunhas? Nenhuma a meu favor.
Júri- Chora, chora, chora...
Juiz- Ouviremos as testemunhas da defesa.
Defesa- Chamo o Amor, meritíssimo.
Defesa- Quem é você?
Amor- Sou o melhor dos sentimentos, moro no coração de todo Homem. Muitos ainda não me conhecem direito, mas vejo que isto não é impossível de acontecer.
Defesa- Pode fazer alguma coisa para salvar o Homem?
Amor- Claro, do contrário não estaria aqui. Peço ao meritíssimo que me deixe interrogar o Homem.
Promotoria- Protesto, meritíssimo.
Juiz- Protesto Negado.
(O Amor se aproxima do Homem)
Amor- Você já amou?
Homem- Tudo e todos. Sempre o amor me conduziu. Os danos que causei à natureza foram para levar comida, água, cura, conhecimento a quem necessitava.
Amor- Tenha fé e não desista. Se tiver outra chance, terá de mudar muita coisa. Promete?
Homem- Prometo.
Júri- Amor, Amor, Amor...
Defesa- Amor, o Homem tem salvação?
Amor- Tem. Irei ajuda-lo a construir, sem destruir. Farei o possível para lhe trazer entendimento. Nenhum Homem viverá sem me conhecer totalmente.
Defesa- Como fará isto?
Amor- Fechem os olhos e olhem para dentro de vocês. Vejam se eu não estou aí, se o meu poder não é enorme. Sou forte e posso combater todos os sentimentos e atitudes ruins.
Promotoria- Protesto, meritíssimo. O Amor está fazendo uma lavagem cerebral no júri.
Juiz- Protesto negado.
Júri- Ih, fora! Ih, fora! Ih, fora!...
Amor- Não tenha vergonha de me sentir, estou dentro de você também.
Promotoria- Agora sinto! É isto! O Amor é lindo! Ainda há esperança.
Júri- Salvem o Homem, salvem o Homem, salvem o Homem...
Amor- A prova maior do meu poder de criação, símbolo de esperança é a Criança.
Defesa- Crianças, Venham e nos ajude salvar a humanidade.
(Algumas crianças entram e encenam a música “Depende de nós”)
Juiz- Diante de tudo isto, o júri declara o réu inocente, pois para quem acredita no amor, não há ponto final em nenhuma história. “Ele é responsável pela resolução de todos os problemas, ele constrói corações, ele cura machucados...”

                                                              Luciana das Mercês Santos

Aniversário de Emília

ANIVERSÁRIO DE EMÍLIA

 Autora: Luciana das Mercês Santos

(Na sala, Emília, D. Benta, Pedrinho, Nastácia enfeitam a sala cantando)

D. BENTA – Emília, até agora você não contou quem vem a sua festa de aniversário.

NARIZINHO – É mesmo, Emília, conte-nos.

EMÍLIA – Calem as suas bocas e continuem trabalhando. Depois vocês falam que eu é que tenho uma torneirinha de asneiras.

PEDRINHO – Espero que você não tenha feito nenhuma trapalhada dessa vez.

EMÍLIA – Claro que não. Já para a cozinha, Nastácia. Faça muitas coisas gostosas. E, se precisar de carne, não pense duas vezes, passe a faca no Rabicó.

D. BENTA – Calma, Emília, você está muito nervosa. Está na hora de começar a chegar os convidados. Você não vai se arrumar?

EMÍLIA – Venha Narizinho me ajude...
(bate à porta)

VISCONDE – Eu atendo. Meu Deus é a Chapeuzinho Vermelho.

EMÍLIA – É claro que é. Entre, por que demorou tanto?

CHAPEUZINHO VERMELHO – O lobo resolveu aparecer novamente.

D. BENTA – Coitada da D. Gertrudes! Ela se saiu bem dessa vez ou foi parar novamente na barriga do lobo?

CHAPEUZINHO VERMELHO – Não sei se perceberam, mas agora eu uso óculos.

VISCONDE – Eu também. E o que isto tem a ver?

CHAPEUZINHO VERMELHO – Ora Visconde! É que eu não enxergava direito e, agora que uso óculos, o lobo não conseguiu me enganar. Ele não se parece nada com a vovó.
(bate à porta)

PEDRINHO – Nossa! Você continua uma gata, heim Branca de Neve?
BRANCA DE NEVE – Muito obrigada, Pedrinho. Mas realmente não é fácil manter a minha beleza e continuar sendo a mais bonita do meu reino.

VISCONDE – E os anõezinhos, já encontraram ouro na mina?

PEDRINHO – visconde, não seja indiscreto.


BRANCA DE NEVE – Pode deixar, Pedrinho. Eles ainda trabalham lá e não encontraram ouro o bastante para realizarem seus sonhos.

PEDRINHO – E que sonhos são esses?

BRANCA DE NEVE – Sonham em se casar com minhas 7 amigas de infância e torna-las princesas.

EMÍLIA – É impossível isto. Será que vocês vão interrogar todos os véus convidados? Assim, eles acabam indo embora.

CHAPEUZINHO VERMELHO – Branca de Neve, venha, venha, junte-se a mim. Como vai o príncipe?

BRANCA DE NEVE – Bem, é o melhor marido do mundo.

EMÍLIA – Que sorte, heim. Eu não posso dizer o mesmo sobre mim. Meu marido é feio e chato, um verdadeiro porco.

CHAPEUZINHO VERMELHO – Eu sonho em me casar. Acho que já estou ficando para titia, mas a minha mãe acha que ainda estou muito nova.

BRANCA DE NEVE – Titia de quem? Você não é filha única?

CHAPEUZINHO VERMELHO – Triste fim. Nem titia eu vou poder ser.

EMÍLIA – Esperem até conhecerem o meu convidado especial. Vocês vão delirar.

PEDRINHO – Promete que dança comigo depois, Branca de Neve.

BRANCA DE NEVE – Quem sabe?

VISCONDE - Não tem medo, Pedrinho? O príncipe dela é ciumento e pode aparecer.

PEDRINHO – Não sabe que só tenho medo de marimbondos. Se ele aparecer por aqui, eu acerto ele com meu estilingue.
VISCONDE – Por que você não paquera a Chapeuzinho Vermelho que é livre e desempedida?
(bate à porta)

NARIZINHO – Cinderela, quanto tempo. Como vai o príncipe? Entre.

CINDERELA – Chato como sempre. O cara é um tremendo mão de vaca. Veja meus sapatos... tão surrados. Também, ainda são os mesmos do encanto.

NARIZINHO – Mas na sua história, vocês ficam felizes para sempre. Eu achei que...

CINDERELA – Não ache, Narizinho, não ache. Ele não sai do meu pé. Morre de ciúmes de mim.

PRÍNCIPE – Ô minha princesa, por que não me esperou? Não gosto que saia sozinha. Você podia ter encontrado algum animal perigoso no caminho ou uma pessoa que pudesse lhe causar algum mal. Que bom que está a salvo.

CINDERELA – Mas você não foi convidado, sua mala sem alça. Sai do meu pé, ô chulé. O convite foi em meu nome.

NASTÁCIA – Como vai, seu príncipe?

PRÍNCIPE – Muito bem, e já que está aqui, depois da festa queremos levar as sobras. Você sabe, por contenção de despesas.

EMÍLIA – Cale-se, seu unha de fome. Não sabe que as sobras são do Rabicó.

NASTÁCIA – Seu príncipe, o seu reino é tão pobre assim? Nunca ouvi falar de príncipe pobre.

PRÍNCIPE – Não sou pobre porque economizo. Se eu fosse esbanjado...

CINDERELA – Não me faça passar vergonha. Fique quieto e calado, seu, seu, seu...
(chega a fada-madrinha)

FADA – Parabéns, Emília. Vejo que está bem animada. Olá, Cinderela. Que saudade!

EMÍLIA – Que papelão, heim dona fada! Não serve nem para arranjar marido. E eu que ainda tinha esperança... Agora estou condenada a vive triste para o resto de minha vida ao lado do Rabicó.

FADA – Por que fala isto, Emília? O Rabicó é tão, tão, mas tão... Ora, se quiser posso te arrumar um príncipe.

EMÍLIA – Pelo amor de Deus, vire essa varinha pra lá, sua desajeitada.Prefiro o Rabicó a um príncipe unha de fome. Pobre Cinderela.

CINDERELA – Sua incompetente. Está mais para bruxa do que para fada. Agora vai se ver comigo.
( Fada e Cinderela brigam)

DONA BENTA – Parem, comportem-se, por favor.

FADA – Calma, Cinderela. Vou fazer um encanto para que ele melhore.

CINDERELA – é bom que isto funcione, senão te entregarei para o conselho de punições de fadas madrinhas.
(bate à porta)

NARIZINHO – Rapunzel, entre, a festa já começou. Por que se atrasou?

RAPUNZEL – estava desembaraçando o meu cabelo.

NARIZINHO – Por que você insiste em deixa-los tão compridos?

RAPUNZEL – É que acabei me acostumando e o príncipe gosta deles assim.

NARIZINHO – Realmente eles estão lindos.

RAPUNZEL – Onde está a Emília? Preciso lhe dar os parabéns.

NARIZINHO – Emília...

RAPUNZEL – Parabéns, Emília. A sua festa está linda.
(bate à porta)

EMÍLIA – Preparem-se, vocês terão a maior surpresa de suas vidas.
(Todos se aproximam. Bate à porta.)

CHAPEUZINHO VERMELHO – Meu herói!!!
(todas rodeiam o Zorro)

PRÍNCIPE – Sai daí, sua assanhada.

ZORRO – Que surpresa, encontra-las todas juntas! Cada uma mais bonita que a outra, com todo respeito.

FADA – Eu pensei que você não existisse de verdade.

ZORRO – Pois existo e como vocês podem ver, lindo igualzinho nos filmes.

VISCONDE - Afastem-se, afastem-se. Parecem até que nunca viram homem. Deixem de ser oferecidas.

EMÍLIA – Não como esse!

BRUXA – Ra, ra, ra, ra, ra... Acharam que eu não vinha? Pois aqui estou. Chega de brigas. Hoje até eu quero me divertir. Nastácia...

NASTÁCIA – Credo em cruz, ave-maria, sai pra lá coisa ruim. De onde saiu essa alma de outro mundo, meu Deus.

BRUXA – Pare de bobeira, sua medrosa e traga-me um de seus bolinhos, pois deixei em casa as maçãs envenenadas.

NASTÁCIA – Se quiser, pegue na mesa. De você eu quero distância.

BRUXA – Sua mal educada, não vê que eu vim em paz? A Emília me convidou com essa condição.

EMÍLIA – Chega de conversa e vamos dançar agora.

ZORRO – Quero ter a honra de dançar com a aniversariante. Eu, o mascarado mais cobiçado do planeta. Som na caixa DJ.


                            FIM










Dia das mães

                        Peça teatral: O PRESENTE DA MAMÃE

AUTORA: Luciana das Mercês Santos
Escola Municipal Angelina Medrado
Lagoa Dourada

CENÁRIO: Sala de jantar e loja com vários potes e artigos de presente

PERSONAGENS: pai, mãe, filho, filha, lojista, vizinha

ROTEIRO

MÃE: Joãozinho, Mariazinha, venham tomar café. Já estão atrasados para a escola.

PAI:(sentado na sala de café) Vai lá dentro Gina. Os dois agarraram no quarto. Vai ver deitaram de novo, são tão preguiçosos...

MÃE:(de fora do cenário) Eu não acredito. Deixem de ser moles!
           (de volta ao cenário) Ô Joaquim, vê se chama os dois. Eles estão fazendo hora.

PAI: (grita bravo) Joãozinho, Mariazinha...

JOÃOZINHO E MARIAZINHA: Já vou, pai.

PAI: Já vou não.

JOÃOZINHO E MARIAZINHA: Já vim, pai.

MÃE: Tomem o café rápido, peguem a mochila ( entrega a mochila) e vão. Os lanches estão nelas.

MARIAZINHA: Eu não quero pão com salame não.

JOÃOZINHO: Eu não quero maçã nem banana.

MÃE: Hoje vocês começaram cedo, heim? Amanhã eu dou dinheiro para vocês comprarem doces.
 Dá um beijo no papai. Não esquece da mamãe.

MARIAZINHA: Vá você, Joãozinho. Eu já sou grande.

JOÃOZINHO: (fazendo um gesto com a mão) Falou, veio.

MARIAZINHA: Ô mãe, pode comprar fiado na vendinha da escola?

MÃE: Não.

MARIAZINHA: Só hoje, mãe?

MÃE: Já disse que não, não e não.

PAI: Não. Chega. Já pra escola.
(saem todos com exceção da mãe que reclama em voz alta)

MÃE: Ainda é cedo e tem tanta bagunça para eu arrumar. Por que sempre deixam os pijamas jogados, o jornal espalhado?
Agora vou arrumar os quartos e o banheiro. Tenho certeza que o JOÃOZINHO deixou tudo esparramado, a Mariazinha é mais organiada.

(sai a mãe e volta apavorada, gritando)

MÃE: Tudo, menos isso. Já falei mais de mil vezes, esqueceram de novo.

VIZINHA: Gina, Gina, ô Gina. O que está acontecendo?

MÃE: Estava no banheiro e não tinha papel higiênico.

VIZINHA: E precisa fazer este escândalo?

MÃE: ‘’E que tem hora que penso que não vou dar conta.

VIZINHA: Quantas horas?

MÃE: Hora de fazer almoço, depois arrumar a cozinha, depois ensinar o dever, depois...

VIZINHA: Só  quero saber as horas e não o que tem para fazer.

MÃE: Já estou atrasada. Depois a gente conversa.

VIZINHA: Cuidado com o estresse, heim?

(as criança chegam da escola, jogam as mochilas no chão)
MARIAZINHA: Estou com fome.

MÃE: Guardem as mochilas de vocês.

MARIAZINHA E JOÃOZINHO: Depois.

MÃE: Ah! É assim? Pois vocês vão ver sôo quando seu pai chegar.

(chega o pai)

PAI: O que está acontecendo?

MÃE: Nada não. Eles só estão com fome.
(à mesa) Deixe-me ver estas mãos. Agora a sua.

 JOÃOZINHO: Eu não quero alface. Eu não sou vaca.

MARIAZINHA: Credo! Detesto beterraba.

(começam a bater no prato e a gritar insistentemente)
MARIAZINHA E JOÃOZINHO: Quero batata frita...

PAI: Agora chega. Quem te ensinou esses modos?

MÃE: Tenham a santa paciência. Hoje não vão ter sobremesa.

MARIAZINHA E JOÃOZINHO: Desculpa.

MÃE: Meninos educados, obediente. É só a gente falar.

(as crianças começam a se empurrar)

MÃE: Para com isso. Uma boa surra dava jeito nisso)

MARIAZINHA: Não quero mais.

PAI: Tem de comer tudo, senão acaba virando palito.

(todos levantam, a mãe tira a mesa)
(Joãozinho sobe na cadeira)

MÃE: Desce daí, menino. Vai se machucar.
Por que você está quieta aí, Mariazinha? Alguma você está tramando.
Joãozinho, não anda descalço, já disse. Vai calçar o sapato. Para de correria dentro de casa. (Joãozinho cai.)
Chora não, filhinho, mamãe está aqui com você.

(A mãe sai, entra o pai)
JOÃOZINHO: Amanhã é dia das mães. Me dá um dinheirinho para comprar um presente?

MARIAZINHA: É mesmo, papai. Vamos comprar uma máquina de lavar roupas? Eu já fui na loja e custa...

PAI: Ficou doida, Mariazinha? Está achando que tem pé de dinheiro no quintal?

JOÃOZINHO:Deixa de ser pão duro, papai. Aposto que se a mamãe trabalhasse, ela daria dinheiro para comprar um carro para você no dia dos pais.

PAI: Acontece que ela não trabalha. Aqui eu é que coloco comida dentro de casa.

MARIAZINHA: A mamãe faz tudo pra nós. Ela merece.

JOÃOZINHO: É, mas o papai tem razão. Ela não trabalha.

MARIAZINHA: Eu juntei um dinheirinho no cofre, o Joãozinho também. Será que pode descolar algum pra inteirar?

PAI: Claro que sim.Toma dois reais para cada um. Compra uma coisa bem bonita, ta?

JOÃOZINHO: O senhor é mais pão duro do que pensei.

(entra a mãe)

MÃE: Estão amolando seu pai, crianças?

(as crianças saem, entram na loja)

MARIAZINHA: Tem alguma promoção para o dia das mães?

LOJISTA: Tem sim. A cada dez reais gastos, você ganha um pano de prato.

JOÃOZINHO e MARIAZINHA: Pano de prato?

LOJISTA: São panos de prato bordados, meninos. Vejam só. A sua mãe vai adorar.

MARIAZINHA: ë que a professora todo ano manda comprar pano de prato.

JOÃOZINHO: A gente só tem dez reais. O que dá para comprar?

LOJISTA: Tirando o pano de prato, um par de meias, um pirulito, esta embalagem linda...

JOÃOZINHO: Vamos comprar o pirulito.

MARIAZINHA: Por que o pirulito?

JOÃOZINHO: Porque a mamãe gosta tanto de mim que vai dar ele para mim.

MARIAZINHA: Deixa de ser egoísta, Joãozinho. Vamos comprar a embalagem.

LOJISTA: Levem a meia para por dentro.

MARIAZINHA: Queríamos uma coisa mais, mais... O que são aqueles potes ali?

LOJISTA: Uns potes que guardam sentimentos.

MARIAZINHA: Deixe-me ver.

LOJISTA: Estes potes foi um senhor velhinho que deixou aqui para eu vender. Engraçado, ele nunca mais voltou.

MARIAZINHA: Você já vendeu algum?

LOJISTA: Alguns já acabaram: egoísmo, inveja, ódio, luxúria...

JOÃOZINHO: O que você ainda tem?

LOJISTA: Amor, compreensão, sabedoria, caridade e outros sentimentos bons.

JOÃOZINHO: Quanto custa cada um?

LOJISTA: Como o velhinho nunca mais voltou, estou liquidando os sentimentos bons por cinco centavos cada. Ninguém compra mesmo.

MARIAZINHA: Pode encher a embalagem com todos os sentimentos bons que tiver aí. A mamãe vai adorar.

LOJISTA: Muito obrigada. Espero que sua mãe goste.

(chegam em casa)

MÃE: Põe a camisa dentro da calça, Joãozinho. Já está um moço e não sabe se arrumar.

JOÃOZINHO: Tem problema não, mãe.

MÃE: Continua assim que eu te dou umas palmadas.

MARIAZINHA:Mãe, tem um menino na escola que quer me namorar.

MÃE: Você é muito criança para isso. Quando crescer, pode.

MARIAZINHA: Mas o Joãozinho é mais novo que eu e você disse que ele já é um moço.

MÃE: É só jeito de falar. Vou preparar o jantar.

VIZINHA: Gina, Gina, ô Gina.

MÃE: Já vou.

VIZINHA: Seu filho bateu no meu. Vê se põe ele de castigo. O Pedrinho está chorando muito. Está até soluçando.

MÃE: Ô Joãozinho...

JOÃOZINHO: Ele mexeu primeiro, mãe.

MÃE: Você está merecendo umas palmadas, garoto. (Joãzinho chora)
Chora não, filhinho. Mamãe está aqui com você. Aí, vestiu a roupa agorinha e já está todo sujo. Já para o banho. Depois a gente conversa, comadre.

(sai a mãe e a vizinha, entra Mariazinha.

MARIAZINHA: Vamos ficar bonzinhos com a mamãe. Está na hora de dar o presente.

(entra a mãe e o pai)

MARIAZINHA: Aqui está o seu presente do dia das mães. Antes de abrir, quero dizer que você é a melhor mãe do mundo, a mais bonita e merecedora do universo.
JOÃOZINHO: Eu acho que na véspera do dia das mães a gente deveria, não sei como, receber uma carteira cheia de notas de cem reais para comprar o presente mais bonito do mundo para a melhor mãe do mundo. Mas não recebemos nada...

MARIAZINHA: Então te oferecemos um beijo bem molhado cheio de sentimentos bons.

(todos se abraçam e convidam a platéia para cantar PARABÉNS)